sábado, 16 de maio de 2015

32. Transforme a sua entrevista de emprego no primeiro passo para o sucesso

Uma entrevista de emprego é uma pequena janela de tempo e espaço onde devemos tentar deixar o melhor de nós próprios.




Entre 40 minutos a uma hora, normalmente num espaço de quatro paredes, em que dois ou mais olhos recaiam sobre nós.
Preparar este momento passa por, antes de mais, estudar a empresa com quem vamos falar, a pessoa que nos vai entrevistar, a função em causa que origina esta entrevista e sobretudo, a nós próprios.

A empresa: consultar o site oficial e toda a informação que possamos obter através de pesquisa na internet ou outros meios de comunicação. Espreitar no Linkedin se conhecemos alguém que lá trabalha ou trabalhou e aferir se pode ser uma fonte de informação adicional. É impensável ir a uma entrevista ser saber o que faz a empresa, o seu âmbito de actividade, oferta, clientes e mercados em que actua.
A pessoa que vai conduzir a entrevista: quem é, onde estudou e onde trabalhou. Esta informação pode revelar-nos algo sobre o seu perfil pessoal, sobre os seus valores e critérios de avaliação. Falar com um interlocutor formado em Recursos Humanos ou Psicologia não é certamente a mesma experiência que falar com um Engenheiro ou alguém de formação mais analítica. Contudo, há regras comuns, independentemente de com quem se irá falar ou em que fase do processo nos encontramos. Já sabemos o que vestir e não vestir de todo e o quão de mau gosto é a pastilha elástica, a maquilhagem excessiva, os óculos na cabeça ou o som do telemóvel durante a entrevista. O quão importante é a apresentação, o cumprimento inicial (um vigoroso aperto de mão, o tom de voz firme), a postura corporal, a assertividade e capacidade de escuta activa. O formalismo é na dúvida, sempre a melhor opção. Mantendo um trato adequado, tente imaginar que está a conversar com alguém que já conhece e tente estar o mais possível descomprometido, confortável com a conversa. Olhe nos olhos e se tiver à sua frente mais do que um interlocutor, não se esqueça de repartir a sua atenção e o seu olhar sobre todos os presentes.
Analisar a função ou a vaga em questão, sempre que dispomos desta informação. Quais as competências técnicas que são exigidas e em que medida as temos desenvolvidas. Orientar o próprio curriculum e a descrição do percurso profissional fazendo referências claras às competências pretendidas, às experiências passadas, desafios que assumimos que revelam aquilo que podemos acrescentar. Fazer perguntas pertinentes sobre a estrutura da empresa, os objectivos e expectativas de médio e longo prazo é mais do que legítimo e revela interesse e perspicácia.

Olhar para nós próprios, analisarmos com detalhe aquilo em que somos bons, aquilo que conseguimos fazer e aquilo que somos felizes a fazer. No início de carreira é legítimo acrescentar experiências e adquirirmos competências em diversas áreas mas os anos de experiência exigem, no contexto actual, que consigamos acrescentar uma especialização adicional em cada projecto que assumimos. Se não somos a pessoa certa para um projecto, não vale a pena tentarmos passar essa imagem a nós e os outros. Por isso é necessário que saibamos exactamente o que são os desafios que devemos agarrar e pelos quais nos devemos bater.
Sofia Montalvo, Consultora Sénior Michael Page Commercial & Marketing

Fonte: http://activa.sapo.pt/vida/sociedade/2015-04-27-Transforme-a-sua-entrevista-de-emprego-no-primeiro--passo--para-o-sucesso

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